Bailarina e coreógrafa Patrícia Rosa, de 56 anos, se dedica a dar aulas para um grupo de dança de Sorocaba (SP) que mistura jazz, balé e contemporâneo.
Grupo já conquistou o primeiro lugar em um festival realizado em Indaiatuba (SP).
Grupo de mulheres com mais de 40 anos conquista prêmios de dança em Sorocaba (SP) Arquivo pessoal Filhas, tias, mães, esposas e, também, mulheres dançarinas.
Pela dança, um grupo de alunas com mais de 40 anos se expressa artisticamente, participa de competições e conquista prêmios com coreografias que misturam os ritmos de jazz, balé e contemporâneo.
📲 Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp No Dia Internacional das Mulheres, celebrado neste sábado (8), o g1 conversou com a bailarina e coreógrafa Patrícia Rosa, de 56 anos, que mora em Sorocaba (SP) e lidera um grupo de dança composto exclusivamente por mulheres.
A professora também participa das competições e, em conjunto, o grupo garantiu o primeiro lugar em um dos festivais. Assista ao vídeo da apresentação abaixo: Jazz, balé e contemporâneo: grupo de dançarinas mistura ritmos e conquista prêmios Segundo a professora, o projeto de dança foi fundado no ano de 2023, na Pec Studio.
No entanto, a maioria das dançarinas do grupo já foi aluna de Patrícia durante a infância, adolescência ou fase adulta.
Ela ainda conta que, a partir dos pedidos de suas amigas, criou novamente a classe de dança.
Desse modo, o grupo ressurgiu, com poucas integrantes novas. "A dança nos gerou lembranças muito intensas.
Criou-se um vínculo de amizade muito forte entre nós.
Mesmo quando elas pararam de dançar por conta de estudos, faculdade, trabalho, casamento, filhos, carreiras, nós continuamos amigas, participando da vida pessoal uma da outra, além de marcar cafés e encontros", relembra. Bailarina e coreógrafa Patrícia Rosa ensina coreografias de dança para alunas em Sorocaba (SP) Arquivo pessoal 🥇🥈 Conquistas O grupo de dançarinas participou de três competições até então, de acordo com Patrícia.
Em janeiro deste ano, elas conquistaram o primeiro lugar na categoria livre, no Passo da Arte, em Indaiatuba (SP).
A apresentação contou com a participação especial do bailarino Vitor Gil. "Participamos da Passo de Arte, que, pela primeira vez, realizou o concurso na categoria 40+.
Tivemos a honra de fazer parte dessa edição histórica, que contou com diversas modalidades, como jazz, dança livre e balé.
A coreografia que criei para o grupo competitivo une esses estilos", explica. "Competimos na categoria livre e conquistamos o primeiro lugar com quatro notas máximas.
Recebemos dez de todos os quatro jurados, fomos eleitas o melhor grupo da competição e ainda ganhamos uma premiação em dinheiro", conta.
Grupo de dançarinas, com participação especial de Vitor Gil, conquista primeiro lugar em Festival de Dança de Indaiatuba (SP) Arquivo pessoal Já no ano passado, em 2024, as dançarinas conquistaram o segundo lugar no Fest Campos, em Campos do Jordão (SP).
Além disso, competiram no Festival de Dança de Joinville (SC).
"Não ganhamos prêmio, mas recebemos uma nota equivalente ao primeiro lugar.
O nível em Joinville é altíssimo", diz. Patrícia ainda conta que o grupo pretende competir novamente no festival de Joinville, no entanto, desta vez, replicando a coreografia que conquistou o primeiro lugar.
Outro plano ressaltado por ela é participar de mais concursos em Campos do Jordão.
"Neste mês, vamos levar essa coreografia premiada para a Seleção de Joinville, e o resultado sai no início de maio.
Além disso, pretendemos voltar para Campos do Jordão e participar de outros concursos.
Tenho recebido convites semanalmente de eventos como Aplausos, Cacom Dance, Elite, Taboão, entre outros.
Todos querem que participemos", conta. 💃🏽 Dançar é viver Flávia Rocha de Oliveira é uma das integrantes do grupo de dança de Sorocaba (SP) Arquivo pessoal Para algumas das integrantes do grupo, dançar promove uma sensação de liberdade e leveza.
Além disso, proporciona uma melhoria na saúde física e mental.
Por isso que, neste hobby, essas mulheres contam que encontraram uma forma que lhes permite se desligar da rotina estressante do dia a dia.
"A dança é meu momento de liberdade.
É quando esqueço os desafios do dia e me permito simplesmente sentir.
Mais do que um exercício físico, é um cuidado com a mente, um respiro necessário em meio à rotina intensa.
A cada movimento, descarrego o peso das responsabilidades e recarrego minha energia.
Dançar me conecta comigo mesma, traz leveza e me lembra da importância de equilibrar esforço e prazer.
É um exercício completo: para o corpo, para a alma e para a vida", diz Flávia Rocha de Oliveira, uma biomédica e cirurgiã dentista de 38 anos. Meire Godinho Siedler é uma das integrantes do grupo de dança de Sorocaba (SP) Arquivo pessoal Nunca é tarde demais para começar a dançar.
Por isso, Meire Godinho Siedler, de 64 anos, iniciou as aulas e passou a participar do grupo há um ano.
Ela ressalta a gratidão por ter a oportunidade de se apresentar e ainda competir em festivais de dança. "Sinto que houve uma significativa melhora na minha saúde física e mental.
Começo o dia com muito mais energia e alegria.
Participar do grupo competitivo foi uma surpresa incrível.
Nunca pensei que, com a minha idade, viveria essa experiência maravilhosa.
Estar no palco é um grande prazer e motivo de alegria.
Sou muito grata por fazer parte desse grupo incrível", relata. Carolina Olmedo é uma das integrantes do grupo de dança de Sorocaba (SP) Arquivo pessoal Já para Carolina Olmedo, uma fisioterapeuta de 39 anos, a dança fez parte da sua vida durante um período, em 1997.
No entanto, ela conta que iniciou os estudos com Patrícia, mas teve que interromper as aulas após ser aprovada para um vestibular.
No ano de 2020, durante a pandemia, ela retornou para dança, e destaca a importância do hobby não só na sua vida, mas nas de todas as mulheres. "A dança me trouxe qualidade de vida e esperança de dias melhores.
Com o retorno das aulas presenciais, o amor e o anseio de melhorar e se dedicar foram crescendo cada vez mais.
Realizar as aulas e participar de um grupo competitivo é como provar para nós, mulheres, que, apesar de tudo, conseguimos nos dedicar mesmo com a rotina maçante do dia a dia.
A dança é uma prova de amor a nós mesmas, e todas as mulheres deveriam sentir isso." 🎷 Desafios Apesar das conquistas e das melhorias na saúde, a professora Patrícia reforça a dificuldade coletiva de conciliar trabalho, família e filhos com o grupo de dança.
O tempo de treino disponibilizado pelas dançarinas é de somente uma hora e meia, no entanto, elas demonstram uma experiência acima do nível esperado. "É difícil conciliar ensaios, viagens e disponibilidade do grupo.
Todas trabalham, têm suas profissões, famílias, filhos.
Enfim, cada uma tem sua vida, e a dança, para nós, é um hobby.
E veja bem: elas treinam, em média, uma vez por semana, por uma hora e meia, e já estão nesse nível.
Então, ficamos imaginando até onde poderiam chegar se tivessem mais tempo", diz. Grupo de mulheres dançarinas ganha prêmios de dança em Sorocaba (SP) Arquivo pessoal Ela ainda conta que os jurados da competição na qual foi conquistado o primeiro lugar incentivaram e suplicaram para que o grupo não parasse de se apresentar.
Além disso, outro incentivo também rodeia a mente de Patrícia: todos os dias, diversas mulheres enviam mensagens para contar que se inspiraram nela e no grupo. "Elas contam que se inspiraram em nós para voltar a dançar, seja em outras academias ou grupos.
E nossa ideia é exatamente essa: incentivar o maior número possível de mulheres a dançar.
O ambiente é incrível, a energia é contagiante, todas se acolhem, se incentivam.
A maturidade nos traz isso.
Não encaramos como uma competição, mas como uma celebração.
Estamos aqui, juntas, vivas e ocupando nosso espaço.
Tenho uma vontade insaciável de gritar para elas, todos os dias, que: 'Sim, elas podem ser e fazer o que quiserem.
Com a idade delas, com o corpo delas'." *Colaborou sob supervisão de Gabriela Almeida Veja mais notícias da região no g1 Sorocaba e Jundiaí VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM