Segundo a polícia, as joias eram parte do pagamento de uma dívida de R$ 6 milhões.
Empresário foi assassinado com dez tiros ao desembarcar em São Paulo.
Vinicius Gritzbach e o estojo de joias que ele trouxe na bagagem Montagem/g1/Reprodução/TV Globo A força-tarefa que investiga a execução no aeroporto do delator do PCC apura se as joias entregues a ele como pagamento de uma dívida de R$ 6 milhões tinham GPS para rastreá-lo até a sua chegada a São Paulo de uma viagem a Maceió. O empresário Vinicius Gritzbach foi morto com dez tiros ao desembarcar no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na região metropolitana, no dia 8 de novembro.
Um motorista de aplicativo que estava no local também foi atingido e morreu.
Outras três pessoas ficaram feridas. ✅ Clique aqui para se inscrever no canal do g1 SP no WhatsApp Em novo depoimento à Polícia Civil, prestado na quarta-feira (13), o motorista de Vinicius Gritzbach disse que o empresário encontrou por acaso, no aeroporto de Maceió, um homem que devia dinheiro a ele. Os dois combinaram, então, o pagamento de parte da dívida em joias, a serem entregues em São Miguel dos Milagres, para onde Vinicius e a namorada iriam em seguida. O motorista disse aos policiais que foi ele o responsável por retirar as joias, avaliadas em R$ 1 milhão, em um quiosque de uma das praias da cidade. A polícia tem por enquanto apenas o primeiro nome do homem que fez a entrega.
Ele seria um operador de criptomoeda e passou a ser investigado como um dos suspeitos do crime. Investigação Além do PCC, a força-tarefa apura se houve o envolvimento de policiais civis, policiais militares e um agente penitenciário, que também foram delatados pelo empresário por corrupção. O número total de agentes de segurança investigados não foi divulgado.
A reportagem apurou que ao menos 13 policiais, entre civis e militares, foram afastados. Vinicius era réu em processos de homicídio contra dois membros do PCC e por fazer lavagem de dinheiro para a facção.
Ele respondia aos crimes em liberdade. Em abril, a Justiça homologou uma delação premiada dele com o Ministério Público.
O acordo permitiria que o empresário tivesse redução das penas no caso de condenações. Um áudio que faz parte da deleção revela, segundo a defesa de Vinicius, um advogado ligado ao PCC oferecendo a um policial civil R$ 3 milhões de recompensa para matar o empresário.
Ele também acusou agentes de cobrarem R$ 40 milhões para deixar de investigá-lo como suspeito de mandar matar integrantes do PCC.
O empresário disse que não pagou a propina. No vídeo abaixo, câmeras do aeroporto mostram o momento da execução do empresário. Vídeos mostram por diferentes ângulos execução de empresário no Aeroporto de Guarulhos LEIA MAIS: Força-tarefa investiga ao menos 13 policiais de SP por suspeita de envolvimento Em áudio, PCC oferece R$ 3 milhões para matar delator da facção, diz advogado Visto para os EUA, liberação de helicóptero, lanchas e 15 imóveis: veja pedidos de delator Dias antes de ser morto, delator que houve pedido de propina de R$ 40 milhões