Além do novo horário de funcionamento, a DDM de São José do Rio Preto terá a Cabine Lilás, que oferece acolhimento especializado para mulheres por meio do 190.
Unidade é a primeira do interior de São Paulo a receber esse serviço.
Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Rio Preto (SP) João Selare/TV TEM As Delegacias de Defesa da Mulher (DDM) de São José do Rio Preto (SP), Araçatuba (SP) e Bauru (SP) começam a funcionar 24 horas por dia a partir deste sábado (8).
A data foi escolhida em alusão ao Dia Internacional da Mulher. 📲 Participe do canal do g1 Rio Preto e Araçatuba no WhatsApp O objetivo da medida é permitir que as mulheres busquem ajuda e denunciem os agressores em qualquer horário do dia e da noite.
Além disso, em Rio Preto será implantada a Cabine Lilás, um serviço de atendimento especializado às vitimas de violência doméstica e familiar. Em entrevista ao g1, a delegada e coordenadora do Núcleo de Polícia Judiciária da DDM de Rio Preto, Dálice Aparecida Ceron, falou sobre a importância desse tipo de atendimento. "É um trabalho que funciona de forma rotativa.
Vai beneficiar muitas mulheres por conta de mais disponibilidade e mais facilidade", explica. Implementado na capital há um ano, o programa Cabine Lilás vai funcionar pela primeira vez em uma cidade do interior de São Paulo.
O serviço é realizado exclusivamente por policiais femininas e faz um acolhimento especializado às vítimas. No total, 90 municípios da região de Rio Preto vão ter acesso ao programa inicialmente por meio do telefone 190.
As policiais fazem o atendimento e a triagem das ligações recebidas pelo Centro de Operações da Polícia Militar (Copom).
Em seguida, as vítimas são direcionadas para o atendimento exclusivo do programa. Projeto Cabine Lilás, da PM, oferecerá rede de proteção especializada à mulher no interior de SP Reprodução/SSP Violência contra a mulher O novo serviço passa a funcionar nas principais cidades das regiões noroeste e centro-oeste paulista devido à alta incidência de casos de violência doméstica. Um levantamento divulgado pela DDM de Rio Preto apontou que foram emitidos 1.668 pedidos de medida protetiva ao longo de 2024.
Neste ano, nos dois primeiros meses, foram 325 emissões desse tipo de benefício na cidade. Essa é uma das formas de trazer mais segurança às vítimas e evitar que os agressores continuem praticando os atos.
Porém, mesmo com as medidas restritivas, muitos homens desrespeitam a regra, avançam a distância de 200 metros e praticam crimes que geram graves consequências.
A delegada explica que existem semelhanças entre o comportamento dos autores de crimes como violência doméstica e feminicídio. "É um espírito de propriedade, aquelas cobranças, a submissão, e isso em todos os casos, as ofensas, a violência que é crescente, infelizmente essa é uma realidade", explica Dálice. Segundo Ceron, mesmo sofrendo agressões e abusos, a maioria das vítimas não imagina que o suspeito é capaz de matar, situação que é muito comum de ocorrer.
"Tem muitas situações que não têm ameaça.
Há, em comum, uma inconformação com a perda, em que o indivíduo diz que ou a vítima fica com ele ou não fica com mais ninguém", revela. 'Eu sou um milagre' Em entrevista à TV TEM, uma mulher que preferiu não ser identificada, pois foi vítima de violência doméstica e tentativa de feminicídio, contou sobre as agressões que sofria do ex-marido. "Quando chegava do trabalho, eu tinha que tirar minha roupa para ele ver se não tinha uma marca que outro homem fez.
Ele chegou a me queimar com uma bituca de cigarro", revela. Além disso, a vítima conta que o ex-marido não gostava que ela fumasse e, por pouco, não ateou fogo no corpo dela. "Como eu tinha medo dele, eu falei que tinha parado, mas, quando descobriu que não, ele me jogou um litro de álcool.
O meu cunhado, que já faleceu, na época bateu a mão no palito de fósforo que ele estava.
Ele ia me incendiar, eu sou um milagre" , conta. DDMs de Rio Preto e Araçatuba passam a funcionar 24 horas a partir de sábado Casos recentes O mais recente caso de feminicídio ocorreu em Araçatuba (SP).
Um caminhoneiro foi preso após confessar que matou a companheira e a escondeu em um canavial.
O corpo foi encontrado na tarde de quarta-feira (5) e o homem localizado na mesma noite. Evelyn de Souza foi morta pelo marido em Araçatuba (SP) Reprodução/Facebook Segundo o boletim de ocorrência, a Polícia Civil foi informada do desaparecimento de Evelyn de Souza, de 40 anos.
Na segunda-feira (3), Bruno Henrique Brandão foi encontrado pela polícia em um bar, após uma denúncia anônima de que ele estaria sujo de sangue e com uma arma. Na abordagem, a polícia não achou a arma e ele foi liberado.
Após o corpo ter sido encontrado, que tinha características semelhantes às de Evelyn, além de uma pulseira e aliança na mão esquerda, a polícia foi até a casa de Bruno. Corpo de mulher é encontrado em canavial às margens da SP-463 em Araçatuba (SP) Reprodução/WhatsApp O caminhoneiro foi localizado dentro da residência, abordado e preso.
Questionado, ele confessou que matou a esposa e escondeu o corpo no canavial.
A motivação do crime ainda é desconhecida.
O corpo de Evelyn foi encontrado por um trabalhador, que acionou a polícia. O corpo dela foi reconhecido pelo pai no Instituto Médico Legal (IML).
A vítima era enfermeira e deixou três filhos, sendo um casal de gêmeos e a filha mais nova. Ainda no imóvel, a polícia encontrou vestígios de sangue ao lado da cama do casal.
Bruno é investigado pela DDM por feminicídio e ocultação de cadáver. Emily Kelli de Mello foi encontrada morta com sinais de enforcamento no banheiro do apartamento em Rio Preto (SP) Reprodução/Facebook Outro caso que chocou a população foi o de uma jovem, de 27 anos, que foi morta enforcada no banheiro do apartamento com um cadarço.
O crime ocorreu no dia 15 de fevereiro, no bairro Residencial Palestra, em São José do Rio Preto. De acordo com o boletim de ocorrência, Emily Kelli de Mello foi encontrada caída no compartimento do box.
Ela apresentava sinais de enforcamento, sangramento no nariz e um ferimento do lado esquerdo do maxilar.
Havia um cadarço pendurado na janela e manchas de sangue no banheiro e na cozinha. Elton Erothides Peretti foi encontrado na escadaria do prédio e, segundo a polícia, estava emocionalmente alterado.
Ao ser questionado sobre o fato, ele deu respostas contraditórias e tentou entrar no imóvel, desrespeitando à ordem dos policiais e dificultando o trabalho dos bombeiros que estavam no local. Um primo da vítima, que morava com o casal havia cerca de um mês, chegou ao apartamento e relatou à polícia que havia descido para comer um lanche quando o crime aconteceu.
Segundo ele, as brigas eram constantes.
Vizinhos também confirmaram aos policiais que já haviam ouvido gritos e discussões no imóvel. Diante dos fatos, Elton foi preso por feminicídio.
O caso foi registrado na Central de Flagrantes de Rio Preto. DDM de Araçatuba começa a funcionar 24 horas *Colaborou sob supervisão de Henrique Souza Veja mais notícias da região no g1 Rio Preto e Araçatuba VÍDEOS: confira as reportagens da TV TEM