Levantamento tomou como base os dois primeiros meses de 2025 em comparação com 2024.
Entre os municípios pesquisados, apenas um apresentou queda.
Denúncias de violação de direitos humanos têm alta de 24,1% na região de Campinas O número de denúncias de violação de direitos humanos aumentou 21% nas cinco maiores cidades da região de Campinas (SP) nos dois primeiros meses de 2025 em relação ao mesmo período no ano passado. A pesquisa utilizou informações do Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, do governo federal e em janeiro e fevereiro deste ano foram registradas 1669 denúncias, enquanto em 2024 foram 1379 nos mesmos meses. 📲 Participe do canal do g1 Campinas no WhatsApp O levantamento também revela que entre os municípios levantados, apenas Indaiatuba (SP) apresentou queda nas denúncias, passando de 116 em 2024 para 96 nos dois primeiros meses deste ano.
Veja tabela abaixo. Denúncia de violação de direitos humanos Ofensas e agressões Elaine é uma mulher negra de 47 anos que segue uma religião de matriz africana em Americana (SP), é curandeira e afirma que ser vítima de racismo e intolerância religiosa onde mora.
Ela já tem medida protetiva contra uma vizinha que ameaçou a filha dela e fez ofensas raciais. Uma das ligações que recebeu foram com xingamentos, de que "a macumba da filha dela não mataria ela, mas ela mataria a filha".
Em outra situação no prédio, a vizinha chamou Elaine de “macaca fedida”. O evento mais recente aconteceu no início de março, quando ela teve os cabelos queimados por um líquido que jogaram nela quando estava em uma escadaria no térreo do condomínio onde mora. “Eu sofri um atentado, foi jogado um ácido e cloro em cima do meu corpo [...] se eu tivesse olhado para cima, eu estaria cega”, conta. Elaine, de 47 anos, afirma que ser vítima de racismo e intolerância religiosa em Americana (SP) Reprodução/EPTV Ela precisou cortar parte do cabelo devido ao ataque, e diz que não conseguiu identificar de qual janela foi jogado o produto.
Mesmo assim, diz que não pode ter medo de sair de casa, que a violência e o preconceito não podem ser normalizados. “Quem não pode sair de casa, a Justiça já determinou isso, são meus agressores”, afirma. Elaine fala sobre o preconceito que sofre por causa de sua cor e crenças, e como isso é considerado estrutural na cidade onde vive.
Apesar disso, a curandeira afirma acreditar na Justiça e que pode resistir às violências. “Eu acredito na Justiça, eu acredito no meu sorriso, eu acredito sobretudo na minha gargalhada.
Porque sorrir é o maior ato de resistência”, finaliza. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que o caso foi registrado como lesão corporal e injúria no 1º DP de Americana.
"A vítima informou que estava no condomínio onde mora e um morador jogou um líquido nela, causando lesões de queimaduras.
Diligências são realizadas visando a identificação do autor", diz a pasta. VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias sobre a região na página do g1 Campinas