Levantamento do Observatório PUC-Campinas aponta aumento de 2,38% em relação a janeiro.
No ano, alta acumulada dos alimentos é de 3,83%.
Tomate, café e carne puxaram a alta do preço da cesta básica em Campinas (SP) no mês de fevereiro, segundo levantamento do Observatório PUC-Campinas Josephine Baran - Unsplash/Freepik/Divulgação O aumento de três dos 13 itens analisados pelo Observatório PUC-Campinas foi suficiente para inflacionar o custo da alimentação na metrópole do interior paulista.
O levantamento ao qual o g1 teve acesso nesta quinta-feira (13) mostra que com tomate, café e carne vilões, o valor da cesta básica chegou a R$ 772,11 em fevereiro. O valor representa aumento de 2,38% em relação ao mês anterior (R$ 754,11).
No ano, a alta acumulada na cesta básica em dois meses em Campinas chega a 3,83%. 📲 Participe do canal do g1 Campinas no WhatsApp Embora apenas três itens avaliados tenham apresentado alta, eles possuem grande participação da cesta básica.
O custo da carne representa 38,31% do total, enquanto o tomate é responsável por 9,60% do valor.
Já o café influencia em 4,82% no peso do grupo de alimentos avaliados. A pesquisa compara o custo dos alimentos com o salário mínimo.
Considerando o valor de R$ 1.518, a cesta básica em Campinas compromete 50,8% do valor.
👨👩👧👦 Como a avaliação da cesta leva em conta o necessário para alimentar um trabalhador por um mês, ao considerar uma família de quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças, a pesquisa aponta que o necessário seria três cestas básicas.
💸 Nesse caso, o custo somente com alimentação seria de R$ 2.316,32. Segundo o trabalho coordenador pelo economista Pedro de Miranda Costa, o valor de janeiro em Campinas, em comparação com as 17 capitais brasileiras apuradas pelo Dieese, coloca a cesta básica da metrópole do interior paulista como a 5ª mais cara do Brasil, empatada com Brasília (DF). São Paulo (SP) - R$ 861 Rio de Janeiro (RJ) - R$ 815 Florianópolis (SC) - R$ 808 Campo Grande (MS) - R$ 774 Brasília (DF) - R$ 772 Campinas (SP) - R$ 772 Porto Alegre (RS) - R$ 770 Curitiba (PR) - R$ 746 Vitória (ES) - R$ 745 Goiânia (GO) - R$ 739 Belo Horizonte (MG) - R$ 726 Fortaleza (CE) - R$ 711 Belém (PA) - R$ 700 Natal (RN) - R$ 649 João Pessoa (PB) - R$ 634 Salvador (BA) - R$ 629 Recife (PE) - R$ 625 Aracaju (SE) - R$ 580 Com alta nos preços de café e ovos, cafeterias e confeitarias repassam custos aos clientes 🔍 A cesta pesquisada Segundo a PUC, são aferidos valores de 13 produtos alimentícios e suas quantidades, os mesmos definidos em decreto lei em 1938. Na ocasião, a justificativa era que tais produtos garantiriam, no período de um mês, uma boa qualidade de vida para um trabalhador adulto. A avaliação do Dieese respeita os hábitos alimentares locais e, por isso, o Observatório PUC analisou as quantidades previstas nas avaliações da região Sudeste do Brasil.
São eles: Açúcar: 3 kg Arroz: 3 kg Café: 600g Farinha: 1,5 kg Feijão: 4,5 kg Leite: 7,5 litros Manteiga: 750g Óleo: 750ml Banana: 90 unidades Batata: 6 kg Carne: 6 kg Pão francês: 6 kg Tomate: 9 kg A pesquisa O Observatório PUC-Campinas passou a monitorar os valores da cesta básica em Campinas desde setembro de 2022 e os dados são divulgados mensalmente.
A metodologia é a mesma utilizada pelo Dieese. 🔍 Para chegar ao valor da cesta básica em Campinas, os pesquisadores apuraram os custos dos produtos em 28 estabelecimentos, todos em supermercados em bairros ao redor do perímetro do centro da cidade.
📅 As pesquisas são realizadas entre a segunda e terceira semana do mês, sempre no mesmo dia, para não haver influência sobre promoções em diferentes estabelecimentos. Consumidor em mercados de Campinas Reprodução / EPTV VÍDEOS: Tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias da região no g1 Campinas