Aline Borges diz que foi chutada, atacada com gás de pimenta e imobilizada com joelho no pescoço, além de ter a mãe, que tentava a proteger, agredida igualmente.
Caso ocorreu em Içara.
Advogada e servidora do MP são agredidas por PMs estacionamento de mercado de SC A advogada Aline Borges da Silva, agredida por policiais militares no estacionamento de um mercado em Içara, no Sul de Santa Catarina, disse nesta terça-feira (12), que ainda está "extremamente fragilizada, emocional e fisicamente". ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp Ela relatou que foi chutada, atacada com gás de pimenta no rosto, imobilizada com um joelho no pescoço e chegou a perder uma unha ao ter os dedos torcidos pelos militares.
O caso aconteceu no sábado (9).
Um vídeo flagrou parte da ação (assista acima).
"Ainda estou digerindo a situação, estou extremamente fragilizada, tanto emocionalmente quanto fisicamente", disse .
A mãe dela, servidora do Ministério Público, também foi atingida por tapa no rosto, choque elétrico e empurrões.
A advogada é do Rio Grande do Sul e estava de passagem por Santa Catarina.
Ela disse que foi à delegacia prestar os esclarecimentos e realizou exame de corpo de delito.
Uma investigação foi aberta pela Polícia Civil e a Polícia Militar informou que abriu inquérito para apurar os agentes envolvidos.
Nesta terça-feira (12), o Ministério Público de Santa Catarina também informou que foi instaurado procedimento extrajudicial próprio para acompanhamento e apuração dos fatos, através da 2ª Promotoria de Justiça de Içara.
Como começou Ao g1, Aline explicou que viu uma abordagem policial feita pelos militares no mercado, e se aproximou para acompanhar o caso, conforme prerrogativa da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Ela foi questionada sobre o que estava fazendo e, em seguida, atacada com gás de pimenta no rosto, sem justificativa.
O namorado e a mãe dela tentaram intervir.
Ele também foi atingido pelo gás.
A mãe dela, empurrada e agredida.
"Após ver que minha mãe estava sendo extremamente agredida e que não chamariam a OAB pedi para ir à delegacia fazer exame de corpo e delito e prestar esclarecimentos de que não houve qualquer desacato ou desobediência apenas a exigência dos meus direitos legais", afirmou.
Advogada e servidora do MP são agredidas por PMs estacionamento de mercado de SC Arquivo Pessoal/Divulgação Advogada e servidora do MP são agredidas por PMs em estacionamento de mercado Marcas pelo corpo A advogada fez um exame de corpo e delito na segunda-feira (11).
Em imagens encaminhadas à reportagem é possível ver hematomas e cortes no rosto, braços e mãos.
A Polícia Civil disse que foi lavrado um termo circunstanciado por resistência e desacato contra os policiais.
"Me senti sem voz e sem direitos, ameaçada e intimidada, vítima de abuso de poder", afirmou a defensora.
Advogada do RS sofreu lesões ao acompanhar ocorrência da PM em SC Aline Borges/Arquivo Pessoal Agora, o caso está na delegacia de Içara.
Nesta terça-feira (12), a repotagem procurou o delegado responsável pelo caso, mas não houve retorno.
OAB pede que policiais sejam afastados Em nota, a OAB-SC afirmou que pediu ao Comandante do Batalhão da Polícia Militar, Aurélio Pelozato, o afastamento dos policias envolvidos na ocorrência "para que a responsabilidade seja devidamente apurada e os envolvidos responsabilizados, além da apuração completa de todos os fatos".
"Desde o conhecimento do ocorrido, a OAB/SC e a OAB Criciúma tem prestado todo o suporte necessário à profissional, providenciando assistência jurídica e institucional".
O que disse a PM 1.
Na noite deste sábado, 9, guarnições da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) do 29° Batalhão de Polícia Militar (BPM), em Içara, foram acionadas para atendimento a uma ocorrência de injúria ou comunicação falsa de crime em um estacionamento de um supermercado, onde a princípio uma funcionária de um supermercado e um cliente haviam se desentendido.
Este estaria supostamente injuriando a trabalhadora. 2.
As atitudes dos policiais estão sendo investigadas ao deterem duas mulheres que se envolveram durante o atendimento da primeira ocorrência.
Elas acabaram sendo conduzidas à Delegacia de Polícia Civil, juntamente com as outras partes da primeira ocorrência. 3.
Um Inquérito Policial Militar foi instaurado pelo Comando do 29º BPM para apuração dos fatos. ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias