Estádios vão além do futebol, tornando-se hubs urbanos para eventos e negócios.
A Ligga Arena, em Curitiba, exemplifica essa inovação e sediará o Smart City Expo 2025.
Os estádios de futebol geralmente possuem grande investimento e infraestrutura e podem ser utilizados para proporcionar espaços de qualidade para eventos, festivais e diversas outras funções em prol do cidadão e da cidade. Com isso, a possibilidade de um maior desenvolvimento econômico e geração de empregos só aumenta com a utilização para diversos fins, transformando os estádios em um bem para a cidade e prevenindo que eles virem grandes elefantes brancos, usamos esse termo quando temos uma construção mal utilizada e disfuncional na cidade. Durante o Smart City Expo World Congress, assisti a uma palestra no stand da Deloitte que tinha como tema: Smart Stadiums ou Estádios Inteligentes e um dos painelistas, João Copeto, CIO do Benfica, comentou: “muitos estádios estão localizados nos centros das cidades, então eles precisam ser considerados ativos na cidade, também precisam ser indicados como locais que as empresas e todos considerem para realizar seus próprios negócios e eventos, o que beneficiaria também os clubes.
Os estádios na Europa e provavelmente no Brasil também estão se movendo nessa direção, não apenas aumentando a tecnologia nos estádios, modernizando essas relações, mas também criando suportes adicionais para a cidade”. Essa visão é de grande importância quando analisamos que os estádios possuem grande infraestrutura e muitas vezes um lugar privilegiado na cidade, tornando-se essencial que sejam utilizados para além do esporte, justificando todo o investimento feito e evitando que fiquem subutilizados. A grande chave para isso é a inovação e a transparência no gerenciamento de processos, garantindo que todas as partes envolvidas orquestrem perfeitamente suas operações, antecipando desafios e implementando soluções eficazes.
Esse planejamento estratégico não apenas maximiza o potencial dos estádios, mas também assegura que sua utilização seja sustentável e vantajosa para toda a cidade. Além da gestão eficiente, outro fator essencial é o impacto dos estádios na mobilidade urbana e no meio ambiente.
Grandes eventos podem sobrecarregar o trânsito e o transporte público, tornando indispensável a integração com metrôs, ônibus e incentivos a meios alternativos, como bicicletas e deslocamentos a pé.
Paralelamente, soluções sustentáveis devem ser adotadas para minimizar impactos ambientais. Estádios inteligentes incorporam energia renovável, reaproveitamento de água e gestão eficiente de resíduos.
Sensores e dispositivos conectados melhoram a operação, otimizando segurança, iluminação e climatização, reduzindo desperdícios e aprimorando a experiência dos visitantes.
Dessa forma, os estádios não apenas atendem às necessidades do entretenimento, mas também contribuem para a construção de cidades mais inteligentes e sustentáveis. A tecnologia também transforma a interação dos torcedores com o estádio, desde aplicativos para ingressos, sistemas de segurança avançados, como câmeras de reconhecimento facial e monitoramento em tempo real, garantem um ambiente mais seguro e organizado. A Ligga Arena, em Curitiba, casa do time Athletico Paranaense, é um exemplo de estádio que busca ampliar seu uso além do futebol, sediando shows internacionais, eventos corporativos e, em 2025, o Smart City Expo Curitiba. Com uma infraestrutura moderna, incluindo cobertura retrátil e gramado sintético de alta qualidade, o espaço se torna versátil e eficiente, possui também investimento em sustentabilidade e tecnologia, com captação de água da chuva para reuso e iluminação em LED para reduzir o consumo energético.
Consolidando-se como um ativo urbano que beneficia não apenas o clube, mas toda a cidade, se tornando um atrativo para os turistas e para os próprios moradores da cidade que queiram conhecer e interagir com as ações e espaços que a Ligga Arena proporciona.