Promotor diz que Alex da Silva Veríssimo, participou de grupos de Whatsapp criados para auxiliar nas buscas da jovem e pediu que os trabalhos fossem encerrados, pois tinham feito o suficiente.
Ao g1, defesa disse o processo está imaturo e aguardam outras diligências.
Alex da Silva Veríssimo, de 19 anos, foi denunciado por homicídio e ocultação de cadáver. Redes sociais O Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou por homicídio e ocultação de cadáver, Alex da Silva Veríssimo, de 19 anos.
Ele é ex-cunhado da adolescente Flávia Gabriely Pires Pinto, que foi encontrada morta após ficar 23 dias desaparecida em Jesuítas, no noroeste do Paraná.
A denúncia foi oferecida nesta sexta-feira (7) pelo promotor Alexandre Galati Santos Pereira.
Alex está preso preventivamente desde quando o corpo da jovem foi encontrado em um córrego da cidade, no dia 6 de fevereiro. ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram A denúncia considera o crime de homicídio qualificado, devido ao uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e por ter sido praticado para assegurar a impunidade de outro crime.
Alex também foi denunciado por tráfico de drogas e fraude processual. De acordo com o promotor, as investigações mostram que na tarde do crime, Alex acompanhou Flávia até a zona rural de Jesuítas e ofereceu, forneceu e consumiu com ela uma porção de cocaína.
Depois disso, ela passou mal e ele a jogou no córrego, sem prestar socorro e fugiu, segundo o promotor.
Relembre o crime Durante a procura da jovem, Pereira afirma que Alex forneceu informações e pistas falsas.
Só depois de ser questionados sobre as contradições nos depoimentos, ele confessou ter ocultado o corpo de Flávia. "Durante esse período, Alex enganou família e autoridades, participando de grupos de Whatsapp que foram criados para auxiliar nas buscas da adolescente, pedindo que as buscas fossem encerradas, por tinham feito o suficiente.
Esse caso ficou marcado pela frieza e tentativa de ocultar a verdade pelo réu", informou o promotor.
Alex permanece à disposição da Justiça na cadeia pública Foz do Iguaçu.
Os advogados de defesa dele, Kelli Gall e Moacir Ferrari, se manifestaram por meio de nota.
"Embora o Ministério Público tenha denunciado o acusado por homicídio qualificado, tráfico de drogas, ocultação de cadáver e fraude processual, o processo se encontra imaturo e os fatos descritos na denuncia não condizem com a realidade, o qual vai ser demonstrado pela defesa no decorrer da instrução.
Sendo assim, a defesa aguarda outras diligências que não foram concluídas, em especial ao laudo de exame toxicológico da vítima", informou a defesa.
LEIA TAMBÉM: Curitiba: Vídeo mostra suspeito chegando à casa de jornalista antes de matá-lo Investigação: Dois jovens são encontrados mortos após ficarem cinco dias desaparecidos Luiziana: Motorista bêbado é preso após provocar acidente; três pessoas morreram Laudo necroscópico não determinou a causa da morte de Flávia Delegado fala sobre o indiciamento do cunhado de jovem encontrada morta após desaparecer De acordo com o delegado Leandro Almeida, não foi possível determinar a causa da morte de Flávia no laudo necroscópico, devido ao grau avançado de decomposição em que o corpo dela foi encontrado.
Com base nas provas coletadas durante o inquérito, que foi finalizado no dia 28 de fevereiro, Almeida acredita que a versão contada por Alex, ou parte dela, podem não ser verdadeiras.
"Na data de ontem, chegaram o restante dos relatórios suficientes para que pudéssemos finalizar esse inquérito policial.
Conforme apurado no inquérito, a versão apresentada por ele realmente não não condiz com todos os fatos e elementos trazidos no bojo do caderno investigatório", explicou o delegado.
De acordo com as investigações, Alex também era o responsável por adquirir a droga e fornecer a droga a menores de idade. Relembre o crime Flávia Gabriely desapareceu no dia 13 de janeiro. Reprodução/RPC Flávia sumiu em 13 de janeiro.
Conforme a investigação, ela disse aos pais que iria até a casa do namorado, na mesma cidade.
No mesmo dia, a adolescente foi filmada por uma câmera de segurança deixando o local sozinha.
O último registro mostra que ela estava caminhando pela rua sem pessoas por perto.
Logo depois, ela desapareceu. Durante 23 dias, o caso foi investigado pela polícia e pelo Conselho Tutelar.
Enquanto as buscas eram realizadas, pessoas próximas da jovem foram ouvidas, entre elas, o cunhado, que é marido da irmã mais velha de Flávia.
O delegado Almeida, o depoimento dele chamou a atenção da equipe e fez com que ele fosse chamado novamente até a delegacia para prestar esclarecimentos.
Ao ser ouvido de novo, Alex apresentou contradições com imagens e elementos investigativos que comprovaram, conforme o delegado, que ele estava em um endereço diferente do que havia falado inicialmente. Depois de negar envolvimento no desaparecimento, o homem confessou que esteve com Flávia em 13 de janeiro.
Após, a polícia comprovou que ele a buscou na mesma data. Câmera mostra Flávia caminhando sozinha às 15h04. Reprodução Corpo da jovem foi encontrado em um córrego Quando confessou o crime, o cunhado também indicou à polícia onde deixou o corpo da adolescente. No início da madrugada do dia 6 de fevereiro, o corpo de Flávia foi encontrado a 30 metros de distância do lugar onde o cunhado havia apontado.
Ele estava em um córrego de Jesuítas, próximo à uma trilha na Estrada dos Ipês. As buscas foram feitas com o apoio do Corpo de Bombeiros de Toledo, que encontrou a vítima sem vida após uma hora no local. O jovem foi preso preventivamente na mesma data, às 12h, quando a Justiça expediu o mandado de prisão.
A polícia acredita que a chuva causou o deslocamento do corpo. O suspeito não tem histórico criminal e não morava na mesma casa que a vítima.
Local em que corpo de Flávia foi encontrado fica perto de uma trilha. Reprodução/RPC VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias em g1 Norte e Noroeste.