Polícia acredita que ela era responsável por armazenar o armamento da organização criminosa.
Ao g1, advogado de defesa da jovem disse que processo está sob sigilo e que vai se manifestar nos autos.
Jovem suspeita de integrar grupo de extermínio é apreendida em Ponta Grossa Uma jovem de 18 anos foi apreendida na noite de segunda-feira (10), por ser suspeita de integrar um grupo extermínio que executou mais de 20 pessoas e gravou mortes no Paraná.
A Polícia Civil (PC-PR) acredita que ela era responsável por armazenar o armamento da organização criminosa.
Ela estava foragida há um mês e foi encontrada em uma faculdade particular de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais do Paraná.
A polícia não divulgou o nome da instituição de ensino.
✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram De acordo com o delegado Fernando Henrique Ribeiro Vieira, a jovem foi submetida a medida socioeducativa de internação mesmo estando com 18 anos, pois o possível crime praticado por ela foi cometido enquanto ela era menor de idade.
“A medida socioeducativa de internação poderá ser aplicada excepcionalmente ao maior de 18 anos até os 21 anos de idade que praticou ato infracional quando ainda era inimputável, como ocorreu neste caso”, explicou o delegado. A jovem não teve o nome divulgado.
Ela foi encaminhada ao Centro de Socioeducação Regional de Ponta Grossa (Cense) e permanece à disposição da Justiça. Ao g1, o advogado de defesa dela disse que processo está sob sigilo e que vai se manifestar nos autos. Jovem estava foragida há um mês e foi encontrada em uma faculdade particular de Ponta Grossa. Policia Civil LEIA TAMBÉM: Tragédia: Jovem que trabalhava em caminhão de coleta seletiva morre atropelada pelo veículo Órfãos da Covid-19: Cinco anos após pandemia, jovem relata processo para tentar entender morte da mãe médica: 'Aprender a viver de novo' Oportunidade: CCR Rodovias abre mais de 400 vagas de emprego no Paraná; veja cidades e como participar Execuções eram filmadas e enviadas ou transmitidos em tempo real 'Grupo de extermínio' suspeito de matar mais de 20 pessoas é alvo de operação no PR A milícia, considerada como um "grupo de extermínio" pela Polícia Civil do Paraná (PC-PR), foi alvo de uma operação no dia 11 de dezembro de 2024.
De acordo com a PC, o grupo é suspeito de executar pelo menos 21 pessoas no intervalo de um ano e oito meses em Ponta Grossa.
Os crimes, conforme a investigação, eram filmados e enviados ou transmitidos em tempo real por vídeo ao mandante, que estava preso na Casa de Custódia de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
"As investigações que culminaram no desencadeamento da operação tiveram início após o setor de homicídios da Polícia Civil detectar que o grupo criminoso havia constituído uma milícia privada para execução de seus rivais e desafetos, elevando o número de mortes na cidade de Ponta Grossa.
[...] Foi identificado que o grupo, bem estruturado, possuía ao menos 28 integrantes, sendo seis adolescentes", afirma a corporação. Segundo o Ministério Público, também foram obtidas provas de corrupção de um monitor de ressocialização, servidor terceirizado do sistema penitenciário, que receberia propina para conceder benefícios e facilidades aos investigados presos.
"Esse servidor terceirizado teve a sua prisão preventiva decretada nesta fase das investigações e já foi afastado das funções pelo próprio Departamento de Polícia Penal do Estado", afirma o órgão. Os nomes dos suspeitos não foram revelados.
'Grupo de extermínio' suspeito de executar mais de 20 pessoas e gravar mortes no Paraná é alvo de operação policial Polícia Civil Para operação, foram expedidos 48 mandados de prisão preventiva, 133 mandados de busca e apreensão e 69 medidas de sequestro de bens e valores e bloqueios de contas bancárias em 46 residências dos seguintes estados: Paraná, em Ponta Grossa, Curitiba, Carambeí, Colombo, Imbituva, Ivaí, Piraquara e São José dos Pinhais; Mato Grosso do Sul, em Campo Grande e Cassilândia; Santa Catarina, em Florianópolis, Herval D´Oeste e Palhoça; São Paulo, em Araçatuba, Birigüi e Sud Mennucci; Rondônia, em Parecis. A Justiça também determinou a transferência de um preso para o sistema penitenciário federal, além do imediato isolamento de outros três presos da Casa de Custódia de São José dos Pinhais, que foram identificados como associados do grupo. A operação foi deflagrada em conjunto pela Polícia Civil de Ponta Grossa, Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Polícia Militar (PM-PR), com apoio do canil da Guarda Municipal e da Polícia Penal nas investigações. Grupo estruturado As investigações apontam que o grupo possuía diversos núcleos, segundo a Polícia Civil: chefe, que estava preso e emitia ordens de execução de dentro da cadeia; indivíduos associados, que se utilizavam da estrutura do bando para solicitar a prática de homicídios de rivais e desafetos; responsável financeiro, a quem competia realizar os pagamentos aos executores; grupo de apoio logístico, responsável por auxiliar no planejamento da fuga até o transporte dos criminosos; setor com olheiros da milícia, responsável por realizar levantamento das residências dos alvos, bem como ocultar as armas de fogo após a prática dos homicídios, buscando evitar as prisões em flagrante; núcleo de executores, formado principalmente, mas não só, por adolescentes, afirma a corporação. "O uso de adolescentes visava, especialmente, à impunidade do grupo, em razão da previsão de penalidades mais brandas em razão da menoridade", explica o delegado Nagib Nassif Palma. 'Grupo de extermínio' suspeito de executar mais de 20 pessoas e gravar mortes no Paraná é alvo de operação policial Polícia Civil VÍDEOS: Mais assistidos no g1 Paraná Leia mais notícias da região em g1 Campos Gerais e Sul.