Deputado fez uma publicação nas redes sociais, na qual questionou se o namorado de Gleisi, o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), aceita que o presidente Lula 'ofereça a ministra' para os presidentes do Senado e da Câmara.
O Partido dos Trabalhadores (PT) enviou nesta sexta-feira (14) uma denúncia ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), após ataques à ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.
A denúncia é em referência a uma fala machista do deputado.
Em uma rede social, Gayer perguntou ao líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), se o petista aceita que Lula ofereça a ministra Gleisi para o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) e para o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Lindbergh e Gleisi são namorados. Gayer fez a provocação após Lula ter dito que busca melhorar a relação com a cúpula do Congresso e, por isso, colocou uma "mulher bonita" como ministra da articulação política.
O deputado do PL comparou Lula a um "cafetão" que oferece, a um cliente, uma "garota de programa". Lula diz que escalou mulher bonita para aproximar Congresso Na denúncia, o partido — representado pelo presidente interino, senador Humberto Costa (PT-PB) —afirma que a postagem representa quebra de decoro parlamentar. "De forma absolutamente descontrolada e insana, o Representado utilizou-se do seu perfil na rede social denominada X (antigo twitter), para promover ataques diversos e ofensas desarrazoadas, temperadas com afirmações agressivas e jocosas", diz o documento.
"O escárnio das postagens também está associado à violência política de gênero.
Atitudes como esta, demonstrativas de desrespeito, misoginia e agressividade, não podem ficar impunes e contaminar o bom ambiente de diálogo e transparência construído ao longo de décadas pelas mulheres parlamentares da Câmara Federal", prossegue. Deputado Gustavo Gayer (PL - GO) Bruno Spada/Câmara dos Deputados Alcolumbre comentou o caso Presidente do Senado, Alcolumbre comentou a publicação do deputado nessa quinta-feira (13), e disse que pessoas que "agridem" outras com palavras desmedidas prejudicam o país. Perguntado sobre o tema e se a fala de Gayer justificaria uma cassação de mandato, Alcolumbre disse que está avaliando a situação com advogados e quais providências vai tomar. Deputado que ofendeu Gleisi e Alcolumbre pede desculpas ao presidente do Senado, mas fica sem resposta "Estão os advogados analisando a representação sobre a fala do deputado que envolve um deputado, um senador e uma ministra de Estado.
O que está dificultando no Brasil são as pessoas que agredirem as outras sem medir o que elas estão falando", afirmou o senador. Gleisi saiu em defesa de Lula Também na quinta, a ministra das Relações Institucionais saiu em defesa do presidente Lula. Em uma postagem e em entrevista a jornalistas, a responsável pela articulação política do governo disse que Lula é o líder político que mais "empoderou mulheres", indicando nomes para a presidência da República, para o comando do PT, para ministérios e para tribunais superiores e estatais. A petista disse ainda que "gestos são mais importantes do que palavras". Na postagem, Gleisi também criticou adversários políticos e afirmou ter sofrido "ataques canalhas de bolsonaristas, misóginos, machistas e de violência política". "Que moral vocês têm? Vocês esqueceram das entrevistas, dos vídeos em que Bolsonaro agrediu as mulheres, estimulando a violência política e física, o preconceito, o machismo? Canalhas, respeitem a inteligência do povo brasileiro", completou a ministra.