Discussão do tema tem como objetivo dar mais meios de se coibir atos violentos e atos terroristas que estão no meio da publicação de discursos de ódio nas plataformas digitais.
Natuza: regulamentação das redes sociais pode avançar no STF após atentados Após o atentado a bomba na noite de quarta-feira (13) na praça dos Três Poderes, o movimento que tem o objetivo de regulamentar as redes sociais no Brasil pode avançar no Supremo Tribunal Federal (STF).
A Corte foi alvo do ataque. O Congresso se esquivou de votar por uma regulamentação das redes sociais.
Essa regulamentação não passa por dizer o que é fake news ou não, mas dá meios de se coibir atos violentos e atos terroristas por meio de redes sociais. A base bolsonarista do Congresso, que é reativa a esse tipo de regulamentação, nunca deixou o tema ir para uma votação.
Assim, nunca houve meios de se deixar a situação um pouco mais sob controle, e não um controle de conteúdo, mas uma responsabilização das plataformas que eventualmente agirem em desacordo com a legislação brasileira.
Explosões perto do STF: o que se sabe e o que falta esclarecer Com o atentado desta quarta-feira, os holofotes estão todos no STF, e pode sair da Corte uma avaliação contrária a este movimento do Congresso que evita discutir a regulamentação e se iniciar uma discussão sobre o tema.
O atentado fez com que as discussões sobre uma anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro rapidamente perdessem força.
Mas essas discussões também precisam ser levadas para o tema da regulamentação das redes sociais.
O blog conversou com um policial federal que está nas investigações que disse que, sem regulamentação, trabalhar em casos como este atentado é como procurar uma agulha em um palheiro, e que os investigadores tem "pouca margem de manobra porque não se sabe quais são as responsabilidades das plataformas digitais nessa batalha." Achar uma ameaça terrorista em meio a tantas mensagens de ódio que são publicadas em uma rede social já é algo muito difícil para evitar que um atentado como esse aconteça de novo.
Agora, achar mensagens com esse conteúdo, não conseguir com que elas sejam suspensas e elas continuarem sendo disseminadas, atraindo mais e mais seguidores, é um fato que dá muito poder a um potencial criminoso.
E um criminoso, inclusive, com coragem de ousar e agir da maneira que ele bem entender.
Uma regulamentação das redes só dará certo se o Congresso, que sempre reclama do ativismo jurídico do STF mas que não está comparecendo para debater o assunto, colocar o tema em pauta. A pacificação só dará certo se houver uma regulamentação das redes sociais.
Se nada for feito, vamos continuar com essa incubadora de ódio. LEIA TAMBÉM: Explosões em Brasília: autor estava em Brasília havia meses e entrou no plenário do STF 'Ele queria matar Alexandre de Moraes', diz ex-mulher de autor do atentado à PF Explosões em Brasília: PF vê indícios de ação individual, mas diz que há grupos extremistas ativos PF sobre explosões em Brasília: ‘Não foi pensado de um dia para o o outro’