Francisco Wanderley, de Santa Catarina, lançou artefatos contra o STF na noite de quarta-feira (13) e morreu na explosão de um deles.
Documento da Abin diz que autor de explosão ameaçava políticos Um relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) obtido pelo blog indica que o homem responsável pelas explosões na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na noite desta quarta-feira (14) estava em Brasília há meses e chegou a entrar no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). Francisco Wanderley Luiz lançou explosivos contra o STF na noite de quarta e morreu ao detonar um deles junto a si.
Outros artefatos que estavam no carro dele, estacionado no Anexo IV da Câmara dos Deputados, explodiram na sequência.
Segundo o comunicado da Abin, o carro de Wanderley circula em Brasília desde 27 de julho de 2024.
Em 24 de agosto, o homem postou uma foto dentro do plenário do STF dizendo que "deixaram a raposa entrar no galinheiro". Na quarta, pouco antes de lançar explosivos contra a Corte, Wanderley postou mensagens no Facebook mensagens anunciando o ataque e manifestando ódio contra autoridades. Nas postagens, Afirmou que havia bombas escondidas nas casas do vice-presidente Geraldo Alckmin e dos ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e José Sarney, e que elas explodiriam em 72 horas. Convocou os leitores para uma “revolução”, que teria início em 15 novembro. Comparou a Polícia Federal à Gestapo, polícia secreta da Alemanha nazista, e à SS, guarda especial de proteção de Adolf Hitler, e pediu a Donald Trump que enviasse uma “operação Storm”.
Esta falsa operação é uma teoria da conspiração sobre uma suposta ação para prender políticos e autoridades. Dirigiu-se aos Generais Freire Gomes e Tomás Paiva – ex e atual comandantes do Exército – para que ficassem "ao lado do povo" “se por acaso for decretado Estado de sítio”, “do contrário, a inteligência vai entrar em ação”. Dirigiu-se ao Diretor-Geral da Abin, afirmando que os “discípulos guerreiros da divindade” estariam em toda a América Latina. Segundo a Abin, Wanderley é réu em diversas ações penais, entre elas crimes contra a incolumidade pública (quando é criada uma situação de perigo ou risco para a saúde pública, serviços públicos ou a segurança pública, por exemplo), por infração de medida sanitária, crime de desobediência e furto. LEIA TAMBÉM 'Ele queria matar Alexandre de Moraes', diz ex de autor das explosões O que se sabe sobre o atentado VÍDEO mostra momento em que home detona explosivos em frente ao STF Francisco Wanderley Luiz Reprodução/Redes sociais