As mulheres representam apenas 27% da Polícia Civil e 13% da Polícia Militar no Brasil.
As policiais que representaram o Brasil na Copa do Mundo das tropas de elite No fim de semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, o Fantástico mostra brasileiras que fizeram bonito lá fora.
Policiais de São Paulo formaram a primeira equipe feminina do Brasil em uma espécie de "Copa do Mundo das Tropas de Elite", disputada em Dubai. “Quando sai, a gente já não sabe o que vai acontecer.
A gente está em risco todos os dias, mais do que todos, e voltar para casa com a sensação do dever cumprido é ótima.
Não tem sensação mais gostosa do que o olho brilhando”, diz a investigadora Luciana Atolini. É uma sensação até que recente pra Luciana Atolini, porque antes mal sobrava espaço para Luciana em primeira pessoa: “Antigamente, eu era esposa, eu era filha, eu era mãe.
Hoje em dia não.
Eu tenho nome, eu sou a Luciana, eu sou policial”. Tropa de elite: pela primeira vez, Brasil tem equipe de mulheres em competição internacional de policiais Fantástico/ Reprodução A Luciana, no singular, apareceu depois do fim de um casamento. “Daí que eu comecei a busca da minha identidade, da minha realização profissional.
Eu não tenho ninguém da polícia na família.
Eu não tinha nenhum amigo policial.
O meu contato com o mundo policial era zero.
Assim, foi sentimento, sabe quando você vai sendo guiada por um chamado? A minha posse na polícia eu tinha 40 anos de idade.
E a minha primeira lotação foi uma delegacia da mulher.
E depois fui convidada para fazer parte do GOE, que é o Grupo de Operações Especiais.
É o pé na porta”, conta. No fim de 2024, Luciana conheceu outras seis mulheres que entendem bem o que ela está falando.
Elas se juntaram, escalaram, correram e mostraram a força que têm.
Juntas, foram para Dubai participar de uma competição que é como se fosse a Copa do Mundo da polícia.
É o maior campeonato mundial na categoria de Operações Especiais de todas as polícias do mundo. Tropa de elite: pela primeira vez, Brasil tem equipe de mulheres em competição internacional de policiais Fantástico/ Reprodução Policiais femininas do Brasil nunca tinham pisado em Dubai para participar desse campeonato.
Foi em fevereiro e teve transmissão na internet para quem quisesse acompanhar ao vivo.
Foram 120 delegações de 50 países, sendo cinco equipes femininas.
Elas ficaram na posição de número 98, à frente de cinco equipes masculinas e outros 17 times que sequer chegaram à classificação final. “É muito significativo a presença de um time feminino em um campeonato que é eminentemente feito para homens.
Nós sabemos que as mulheres foram conquistando o seu espaço, foram mostrando que também têm aptidão, que também tem a questão de serem vocacionadas para serem policiais", diz Kelly Cristina Sacchetto, delegada seccional de São Bernardo do Campo.
Um espaço conquistado, mas ainda um longo caminho a percorrer.
As mulheres representam apenas 27% da Polícia Civil e 13% da Polícia Militar no Brasil.
O que é ser mulher na polícia? “Eu acho que a gente sempre tem que estar ainda provando a todo momento que nós também somos capazes", diz a investigadora Carla Zibellini. Ouça os podcasts do Fantástico ISSO É FANTÁSTICO O podcast Isso É Fantástico está disponível no g1, Globoplay, Deezer, Spotify, Google Podcasts, Apple Podcasts e Amazon Music trazendo grandes reportagens, investigações e histórias fascinantes em podcast com o selo de jornalismo do Fantástico: profundidade, contexto e informação.
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