Picape mais potente do Brasil tem preço inicial de R$ 379.800 e quer convencer consumidores de modelos a diesel a optarem pela híbrida.
Confira em quais quesitos ela ganha e em quais ela deixa a desejar.
BYD Shark: veja 3 pontos positivos e 3 negativos do lançamento A BYD apostou alto ao trazer para o Brasil sua primeira picape híbrida plug-in por R$ 379.800.
O preço está longe de ser um atrativo para a maioria dos brasileiros, mas a marca aposta no título de picape mais potente do país, com 437 cv, para encantar o consumidor. A Shark chega para brigar com as picapes médias tradicionais, como a Volkswagen Amarok, Ford Ranger, Chevrolet S10 e Toyota Hilux, Nissan Frontier, Mitsubishi L200 e outras.
A Ford Maverick é um modelo híbrido, mas não é plug-in, em que a bateria pode ser carregada na tomada. No vídeo acima, você confere quais são os três pontos positivos e negativos da BYD Shark, que explicamos a seguir. ✅1.
A mais potente do mercado ✅2.
Suspensão ideal ✅3.
VTOL ❌1.
Recarga pode demorar ❌2.
Caçamba ❌3.
Rebocar pode, mas nem tudo BYD Shark Imagem: divulgação/BYD LEIA MAIS LISTA: veja as 5 motos mais baratas para pegar estrada Como funcionam os airbags de moto? Veja equipamentos e preços Pedágio 'Free Flow': como ficam as motos com as novas regras? ✅1.
A mais potente do mercado A Shark possui 437 cv de potência e 65 kgfm de torque.
A potência é proveniente de uma combinação entre o motor 1.5 turbo de quatro cilindros que desenvolve 192 cv junto com dois motores elétricos.
O primeiro motor elétrico entrega 228 cv e 31,6 kgfm de torque, enquanto o traseiro é responsável por mais 201 cv e 34,7 kgfm. O conjunto faz com que a picape acelere de 0 a 100 km/h em apenas 5,7 segundos.
Até o lançamento da BYD Shark, a Ford Ranger Raptor era a picape média mais potente do segmento, com seu motor 3.0 V6 a gasolina e 397 cv. Já a Ford Maverick tem motor 2.5 e um conjunto elétrico que, combinados, entrega 194 cv de potência e 28,5 kgfm.
A proposta da Maverick não é a de proporcionar tanta esportividade quanto a Shark, e ela tem comportamento mais parecido com um carro de passeio. Volte ao início. BYD Shark Imagem: divulgação/BYD ✅2.
Suspensão ideal O g1 teve um contato preliminar com a BYD Shark em agosto, ainda em São Paulo, no Festival Interlagos.
Na pista do autódromo, o comportamento da suspensão está dentro da medida do esperado para uma picape.
A rolagem da carroceria, apesar de ser um carro pesado (2.710 kg), não assustou. A suspensão merece elogios, sobretudo porque o sistema de amortecimento tem suspensão independente nas quatro rodas, enquanto as picapes tradicionais ainda carregam o obsoleto sistema de feixe de mola (que suporta mais peso, mas traz muita instabilidade). O tamanho e o peso não impedem de extrair uma tocada esportiva e divertida com a Shark, o que pode fazer muitos consumidores repensarem suas opções por picapes com os tradicionais propulsores a diesel. Volte ao início. BYD Shark Imagem: divulgação/BYD ✅3.
VTOL VTOL vem do inglês "Vehicle to Load" (em tradução livre, quer dizer "veículo para carregar").
Essa tecnologia permite que o usuário utilize a energia da bateria em outros equipamentos.
Isso facilita a vida de quem precisa trabalhar com a picape, pois há pontos de energia com plugues convencionais na caçamba.
Também ajuda quem gosta de acampar.
A montadora diz que é possível até abastecer a residência, caso o dono fique sem luz. Volte ao início. BYD Shark tem tela multimídia de 12,8 polegadas Imagem: divulgação/BYD ❌1.
Recarga pode demorar A bateria da BYD Shark é de 29,6 kWh.
Com esse pack de baterias, a picape consegue autonomia de até 100 quilômetros no modo puramente elétrico.
Contando com o motor a combustão, a autonomia total é de 840 km — menor que a Maverick, que pode chegar a 895 km na cidade. Em pontos de carregamento rápido, com alta voltagem, a bateria pode ser recarregada de 0% a 40% ou de 40% a 80% em até 20 minutos.
Contudo, nos carregadores domésticos (Wallbox), ela demora 2h30 horas para recarregar.
Em tomada tradicional, de 220V, pode chegar a nove horas. A explicação está na entrada de apenas 6,6 kWh da picape, o que é uma potência ligeiramente baixa perto de outros carros híbridos, que costumam receber mais de 7 kWh das tomadas convencionais.
(com corrente alternada) Volte ao início. BYD Shark Imagem: divulgação/BYD ❌2.
Caçamba Um ponto negativo da picape é sua capacidade de carga.
São apenas 790 kg para a caçamba, enquanto as rivais a diesel carregam, com facilidade, mais de uma tonelada.
Em termos de volume, ela fica na média com seus 1.435 kg. Volte ao início. ❌3.
Rebocar pode, mas nem tudo E a capacidade de reboque fica abaixo da média, com 2.500 kg.
A concorrência reboca cargas superiores a 3.000 kg. Volte ao início. VTOL pode ser utilizado para reabastecer casas que ficam sem energia Divulgação | BYD