Assim como os carros, as motocicletas também precisam fazer trocas periódicas do lubrificante.
Mas fique atento ao período para não prejudicar o funcionamento do motor, indicam especialistas.
Troca de óleo deve ser feita regularmente e, tanto em moto quanto em carros, deve seguir as orientações do manual do proprietário Reprodução Tanto carros quanto motocicletas precisam de cuidados com a manutenção.
Entre eles, a substituição do óleo lubrificante é uma das ações mais importantes para manter a saúde do motor.
Em carros e motos novos, é comum que o consumidor não tenha que se preocupar com a troca de óleo, pois esse serviço é feito junto com as revisões programadas — que devem ser feitas no período estipulado pela montadora para não perder a garantia. Mas os proprietários de veículos usados e sem garantia precisam se atentar ao período de manutenção, não só pelo bolso, mas também pela segurança.
Em especial porque, para as motos, as trocas podem ter que ser feitas em intervalos de quilometragem e tempo menores que dos carros. Podemos usar como exemplo duas motos da Honda.
A CG 160, moto mais vendida do Brasil, exige a troca de óleo a cada 12 meses ou 6 mil km, segundo a fabricante.
Mas a scooter Elite 125 demanda o serviço a cada 4 mil km.
A orientação básica é que os proprietários fiquem de olho no manual do proprietário.
Além do período, é preciso se atentar à qualidade e também a outras especificações de cada lubrificante.
Abaixo, o g1 reuniu dicas para que você escolha o melhor óleo lubrificante para o seu carro e também para a sua moto.
Lembrando que a especificação do óleo do motor se encontra na embalagem, conforme veremos a seguir. 📆 Quando trocar o óleo do carro? 🛢️ Quais são os tipos de óleo? ✅ Qual óleo escolher? 💧 Viscosidade ❌ Pode misturar ou completar o óleo? 💸 Para economizar, posso trocar o tipo de óleo? 🏆 Lubrificante mais caro é melhor? ⛓️💥 Correia banhada a óleo ⚠️ Quais problemas o motor pode ter ao não utilizar o óleo correto? 2 pontos positivos e negativos da Honda CG 160 📆 Quando trocar o óleo do carro? O melhor momento para a substituição do óleo é indicado no manual do proprietário.
A maioria das montadoras disponibiliza uma versão na internet, caso o motorista tenha perdido o livro físico.
De acordo com o manual consultado pelo g1, do Volkswagen Gol Last Edition, a troca de óleo deve ser feita a cada 10 mil quilômetros ou 12 meses, prevalecendo o que ocorrer primeiro.
Perdeu o manual do carro? É fácil encontrar na internet, como este do VW Gol Last Edition. Divulgação | Volkswagen Contudo, o manual ressalta que o motorista precisa checar “condições adversas”, que pedem uma troca preventiva.
Veja abaixo a lista. Trânsito frequente (anda e para, tráfego urbano), em que o motor permanece um longo período em marcha lenta; 🚗🚙🚚🛻🚛💨 Trajetos curtos, abaixo de 8 km diários; Em situações de longa inatividade; Estradas ou vias ruins, com alto índice de poeira ou sem pavimentação; Em vias com índice elevado de partículas suspensas (em regiões de indústria de mineração, cimento e siderurgia, marmorarias e salinas); Trânsito com reboque ou rodagens com carga. “A principal orientação é se atentar ao momento da troca que é indicado pela fabricante.
Existem casos de 5 mil km, 10 mil km, 15 mil km e por aí vai.
Usualmente, se usa óleo para 10 mil km ou limite de 12 meses”, diz Alexandre Dias, proprietário do Grupo Guia Norte Auto Center. 🛢️ Quais são os tipos de óleo? Antes de pensar em trocar o tipo de óleo do seu veículo, é preciso entender quais são as opções disponíveis no mercado.
Afinal, essa é a primeira informação que o consumidor precisa saber antes de abrir a carteira.
São três tipos: Minerais; Semissintéticos; Sintéticos. ▶️ Os minerais, normalmente mais baratos, são os lubrificantes que possuem menos tecnologia em sua formulação.
Eles têm um preço menor, duram menos e são feitos para atender carros mais antigos.
O óleo mineral 20W 50 é utilizado no Volkswagen Fusca, por exemplo. ▶️ Os semissintéticos também são conhecidos como “óleo composto”, pois ficam entre o mineral e o sintético.
Eles também carregam aditivos que ajudam a melhorar a performance dentro do motor, mas são mais acessíveis que os sintéticos.
O Ford Escort 1.8 é um dos clássicos que utiliza a formulação semissintética com viscosidade 15W40. ▶️ Já o sintético é o mais desenvolvido e com total foco em desempenho, uma vez que carrega muito mais tecnologia que os outros dois, e é exigido pelos motores mais modernos.
Todos os veículos que saem de fábrica atualmente utilizam essa composição, que é produzida para reduzir atrito, aumentar a eficiência no uso do combustível e diminuir a temperatura de trabalho do motor, entre outras funções, como evitar corrosão das peças internas. “Óleos lubrificantes não devem ser misturados, pois poderão perder suas características especialmente desenvolvidas para um determinado motor”, argumenta Bruno Santos, consultor técnico automotivo dos lubrificantes Mobil. “A formulação de um lubrificante é meticulosamente balanceada para atingir a alta performance e, por isso, não deve ser misturada com outros óleos.” ✅ Qual óleo escolher? De volta ao manual do Volkswagen Gol Last Edition, é possível ver na imagem abaixo que o livro indica uma classe específica de óleo lubrificante para o veículo: “utilizar somente a especificação de óleo do motor expressamente aprovado pela Volkswagen”. Perda de garantia: usar óleo não recomendado Divulgação | Volkswagen Outro ponto importante, segundo Bruno Santos, da Mobil, é se atentar sempre a viscosidade e especificação técnica requeridas pelo manual do proprietário.
“É fundamental que o lubrificante esteja de acordo com o exigido pelo fabricante do veículo, garantindo assim que ele foi aprovado pela utilização nesses modelos”, diz. A viscosidade, citada por Santos, está indicada em letras grandes na frente da embalagem, conforme indicado na imagem abaixo. A viscosidade está sempre indicada no frasco do lubrificante Imagem de internet De acordo com o especialista, a viscosidade ideal é definida pelo fabricante do veículo durante o desenvolvimento do motor.
Cada propulsor pode exigir uma viscosidade diferente, dependendo do seu desempenho, para que a eficiência da sua fabricação seja maximizada.
“Por isso, existem lubrificantes das mais variadas viscosidades para atender todos os tipos de motor.
O que temos visto é o desenvolvimento de lubrificantes cada vez menos viscosos devido a busca por uma maior eficiência energética e economia de combustível”, afirma o especialista. Essa fluidez do óleo é delimitada por números e letras, como no caso de 0W30, 10W40 ou 20W50.
As siglas indicam a capacidade de escoamento no frio (W de “winter”, inverno em inglês) e em temperatura normal (sem o W).
Os números são apenas apontamentos técnicos do quão “fino” ou “espesso” é o óleo nos dois cenários. Ainda de acordo com o manual do Gol Last Edition que utilizamos como exemplo, cada veículo possui uma norma específica para óleo.
O do hatch é VW 508 88.
Aparentemente, este código não significa muita coisa, mas é isso que indica que é o óleo correto para aquele carro.
“Essa norma deve estar descrita na embalagem do lubrificante”, aponta o livreto. A indicação da norma exigida pela montadora também aparece no rótulo Divulgação | Mobil 💧 Viscosidade O termo “viscosidade” se refere a resistência de um fluido ao escoamento.
Em outras palavras, define se um líquido é “fino” ou “grosso”.
Exemplo: ao virar um copo cheio de cabeça para baixo, a água escorre mais rápido do que o azeite. Esse mesmo critério é utilizado para estabelecer a fluidez de um óleo lubrificante automotivo.
Utilizar um mais fino ou mais espesso que o indicado traz prejuízos ao propulsor, conforme explica o especialista da Mobil Bruno Santos. “Óleos mais grossos exigirão maior esforço do motor, enquanto óleos mais finos podem não fornecer a proteção necessária, ou seja, a lubrificação poderá ser comprometida.” ❌ Pode misturar ou completar o óleo? Apesar de não ser ideal, existem alguns cenários nos quais é possível misturar óleos.
A ressalva é que essa mistura só deve ocorrer em casos extremos. Ao misturar, é preciso utilizar apenas os óleos aprovados pela norma.
Isso porque, segundo os especialistas, aditivos (composições químicas) presentes nos lubrificantes podem conflitar e, como veremos adiante, podem gerar um resultado não esperado.
Abaixo, algumas funções dos aditivos: Anticorrosivos; Antioxidantes; Antiespumantes; Detergentes; Antidesgaste. “Não se deve misturar essas especificações nem as marcas, porque haverá incompatibilidade química que irá acarretar em perda da eficiência e até formação de borra”, explica Tenório Jr., proprietário da oficina JR Automotiva. Dias, do Grupo Guia Norte Auto Center, corrobora com a perspectiva de Tenório: “Ou se usa um sintético, ou um semissintético ou mineral.
Às vezes o motor pode até funcionar, mas a longo prazo haverá uma baita dor de cabeça porque o motor certamente vai apresentar problemas”. Já para completar o óleo, é necessário ainda mais atenção.
O manual indica: “se em situação de emergência não houver nenhum óleo de motor aprovado pela norma, provisoriamente pode-se utilizar outro óleo de motor.
Porém, recomenda-se assim que possível procurar uma oficina para que a troca de óleo seja executada com óleo aprovado”. Ou seja, se o carro parar na estrada e a única solução seja completar com o óleo que tiver à disposição para sair daquela situação de risco, o lubrificante pode ser utilizado.
Mas é necessário fazer a troca o mais rápido possível para não danificar partes internas do motor. Completar o óleo nunca é indicado, exceto em situações de emergência Divulgação | Volkswagen 💸Para economizar, posso trocar o tipo de óleo? Os especialistas e o manual do proprietário afirmam que não, mas é preciso aprofundar nessa questão.
Há um mito no mercado automotivo que diz que quanto mais velho o motor fica, ou seja, quanto mais quilometragem ele acumula, mais espesso deve ser o óleo que ele utiliza. ▶️ Origem da dúvida: muitos consumidores acreditam que as peças do motor passam a ter folga com o tempo.
Mas se a manutenção for feita como se deve, no período adequado e com as peças devidas, as folgas serão irrelevantes e não vão exigir outro tipo de óleo. “É realmente um mito, porque tem que utilizar o mesmo tipo de óleo até o fim da vida do motor.
Antigamente, os carros utilizavam óleos minerais ou semissintéticos para compensar o desgaste das peças internas do propulsor.
Os desgastes e as folgas em anéis, pistões, camisas e bronzinas eram compensados por um óleo mais viscoso, mas é uma prática completamente errada”, afirma Dias, do Guia Norte.
“As montadoras testam os motores por milhares de quilômetros e elas não indicam que a troca seja feita com o passar dos anos.
E nos motores modernos não aplica mais óleo semissintético; é só o sintético.” 🏆 Lubrificant...