Programa Nacional de Navegação da Pessoa com Câncer oferece apoio individualizado a pacientes recém-diagnosticados, garantindo acesso rápido ao tratamento e suporte emocional.
Treinados para superar barreiras sociais e culturais, os navegadores ajudam a humanizar o atendimento oncológico.
O câncer é uma das principais causas de morte no mundo. Assessoria / Hospital Adventista de Manaus O Brasil pode chegar a 700 mil novos de câncer até 2025, segundo aponta o Instituto Nacional de Câncer.
Diante de um cenário tão alarmante, o início urgente do tratamento da doença é essencial não apenas para controlar o tumor, mas a saúde mental do paciente recém-diagnosticado.
Para enfrentar esses desafios, foi lançado o Programa Nacional de Navegação da Pessoa com Câncer, um programa que oferece acompanhamento individual a cada paciente por um profissional especializado. "O paciente tem o apoio de uma pessoa que vai 'pegar na mão' dele e ajudar a eliminar qualquer obstáculo que tiver", resume Sandra Gioia, da Sociedade Brasileira De Mastologia, em entrevista ao podcast Bem Estar.
Combate ao câncer: biomédico brasileiro lidera pesquisa de tratamento inovador na Europa "Esse navegador de pacientes é um profissional de saúde que nós treinamos para que ele faça busca ativa e acompanhamento individual", explica.
"Ele não está preocupado com as questões do sistema de saúde, ele está preocupado com aquela pessoa, e cada pessoa é única." De acordo com a médica, a abordagem de navegação de pacientes foi sancionada recentemente para garantir que a pessoa recém diagnosticada tenha suporte vital e acesso ao tratamento de câncer em até 60 dias, conforme determina a lei.
"O Programa Nacional de Navegação da Pessoa com Câncer representa um passo importante na humanização do tratamento oncológico no Brasil, garantindo que cada paciente tenha acesso a um cuidado integral e personalizado em sua jornada de enfrentamento da doença." Os navegadores ajudam a superar barreiras sociais e culturais que muitas vezes impedem o acesso a cuidados médicos.
Eles oferecem apoio emocional e informações cruciais, capacitando os pacientes a gerenciar melhor sua condição e a aderir ao tratamento. "Ninguém ensina as pessoas a frequentar hospitais e serviços de saúde", destaca Gioia.
"A gente é treinado para ir para shopping, restaurante, igreja, passear..." Ainda segundo a médica, a sobrecarga emocional logo após o diagnóstico pode fazer com que os pacientes "se sintam paralisados com tanta informação", o que naturalmente atrapalha a evolução do tratamento.
"Esse navegador de pacientes é um profissional de saúde que nós treinamos para que faça busca ativa e acompanhamento individual", diz.
"Ele não está preocupado com as questões do sistema de saúde, ele está preocupado com aquela pessoa, e cada pessoa é única." Ouça a entrevista completa no podcast Bem Estar