Paisagem, que tem viralizado nas redes sociais e atraído visitantes, costuma ficar submersa na maior parte do ano.
Antes e depois de local que virou 'parque' devido à seca no Amazonas. Initial plugin text A seca histórica enfrentada pelo Amazonas este ano deu origem a um vasto campo de grama verde que surgiu às margens do Rio Negro, em Manaus.
A paisagem, que tem viralizado nas redes sociais e atraído visitantes, costuma ficar submersa entre janeiro e julho, meses em que ocorre a cheia.
(Veja acima o antes e depois). 📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp Neste ano, o Rio Negro atingiu 12,11 metros na capital amazonense, no dia 9 de outubro, o menor nível já registrado em mais de 120 anos de medição.
Desde o dia 12 de outubro, o nível passa por oscilação comum ao período, chamada de repiquete.
Nesta terça-feira (12), a marca registrada é de 12,67 metros. Com a queda severa do nível do rio, a área se tornou um vasto banco de areia em meados de setembro deste ano.
Poucos meses depois, uma vegetação densa chamada "Canarana" se desenvolveu e transformou o local em um "ponto turístico" temporário desde o fim de outubro. Segundo o professor de biologia André Menezes, a vegetação que surgiu no local é típica de áreas que enfrentam períodos de estiagem, funcionando como uma nova colonização do espaço.
Apesar da beleza, a área pode causar impactos negativos à natureza, alerta o especialista. Segundo ele, com a subida das águas, o espaço deve se desprender e formar uma grande ilha flutuante formada pela vegetação, o que tende a bloquear a entrada da luz solar para os rios e diminuir a quantidade de oxigênio na água.
Isso afeta a reprodução dos peixes que vivem na região.
"O impacto que a nossa fauna de peixes sofre já é muito grande.
E essas ilhas de capim que vão ficar flutuando por meses após o rio começar a encher, isso vai causar um prejuízo extremamente longevo.
Isso aumenta também a proliferação de bactérias, isso pode aumentar os danos e doenças", contou o especialista. Vegetação toma conta da margem do Rio Negro durante seca extrema no Amazonas Novo ponto turístico Com a repercussão do local, muitas pessoas começaram a frequentá-lo para tirar fotos, gravar vídeos e se reunir com familiares e amigos.
Foi o caso das irmãs Dalila Chagas e Camila Bitar, que souberam do local pelas redes sociais e decidiram visitá-lo.
Assim que estacionaram o carro e desceram, ficaram imediatamente encantadas com a beleza do espaço. "Os amazonenses apreciam esse tipo de ambiente mais 'natural'.
Pensamos que seria interessante vir aqui para prestigiar.
Embora esse cenário tenha surgido devido à nossa seca, ele acabou revelando também um lado bonito", afirmou Dalila. Irmãs Dalila Chagas e Camila Bitar, no campo que surgiu com a seca do Rio Negro, no Amazonas. Patrick Marques/g1 AM