Em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres, conheça a história de mulheres que fazem a diferença no ensino público da capital, reunidas pela secretaria de Educação do município.
Conheça a história de mulheres que fazem a diferença na Educação da rede pública em Maceió Lívia Penelope/ Ascom Semed De filha de pais analfabetos a quem já poderia estar aposentada, mas não quer.
Mulheres, professoras da rede pública de ensino em Maceió, contam suas trajetórias de vida, com histórias marcantes e muito amor pela profissão que transforma vidas.
Em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres, celebrado neste sábado (8), conheça algumas histórias de força, determinação e inovação que marcam o ensino na capital.
Pais analfabetos e amor pela leitura Aos 65 anos, Veralucia Felismino foi criada em uma usina.
É filha de pais analfabetos e chegou a ser impedida de ingressar na escola por não ter idade suficiente.
Ela insistiu e a vontade de aprender falou mais alto.
“A leitura sempre foi meu sonho.
Eu queria entender aqueles balõezinhos das revistas que minhas irmãs liam”, lembra. Anos depois, conseguiu se formar em Geografia, foi professora em escolas da rede privada e hoje é concursada no município.
Integra a equipe de Gestão Educacional junto a dez outras mulheres, acompanhando 18 escolas de Maceió.
“A Educação é comandada por mulheres, que têm esse olhar mais sensível.
Foi ela quem me trouxe para esse lugar que estou hoje, e eu amo o que faço”, disse Veralucia.
Meio século de ensino A história de Maria de Fátima Moura na educação começou em 1975, quando começou a trabalhar como professora.
Em 2001, ou seja, 26 anos depois, ingressou na rede municipal.
Maria de Fátima já tem tempo suficiente para se aposentar, mas prefere continuar contribuindo mais com a Educação. Ela conta que muitos alunos que ensinou quando eram ainda criança, hoje os encontra na fase adulta, e isso para ela é a parte mais gratificante: o sentimento de colaborar com o desenvolvimento pessoal e o reconhecimento de ter sido uma parte especial da trajetória daquelas pessoas. “Outro dia, me encontrei com um que disse, 'professora, que saudade que eu tenho daquela época'.
Que coisa boa, né? Que a gente passa e deixa boas lembranças”, recordou. Voz forte para comandar uma equipe Neide Barbosa está há 22 anos rede municipal de educação e atualmente coordena o Programa Dinheiro Direto na Escola.
Ela é professora de desenho e especialista em gestão escolar.
Apesar das dificuldades enfrentadas em sala de aula e no dia a dia, se diz extremamente feliz com a profissão escolhida.
Para ela, o olhar feminino na Educação é essencial para a construção de um ambiente acolhedor. “Ser mulher é muito peculiar da nossa rede, é estar junto, é ser um pouco mãe, um pouco psicóloga, um pouco assistente social, porém não pode fugir da nossa responsabilidade, que é educar e passar o aprendizado de fato”, explicou Neide.
Destino traçado pela educação Cláudia dos Santos sempre atuou como professora.
Começou dando aulas na igreja,.
estudou Pedagogia, mas quis o destino que ela experimentasse outras áreas.
Não deu certo! Cláudia retornou para atuar no curso pelo qual se apaixonou.
Hoje é é vice-diretora da Escola Municipal Professora Zilka de Oliveira Graça. “Eu sempre fui da Educação, mesmo quando eu não estava nela, desde que eu entrei na escola como aluna eu senti que era meu espaço, me sinto feliz, seja estudando ou trabalhando”, disse Cláudia. No dia-a-dia costuma desempenhar vários papéis e na escola, se vê sempre entre diversas atribuições; “Ser mulher na Educação é a essência de cada uma, é difícil por não sermos só professoras, mas também ter uma carga pessoal que exige muito da gente.
A gente também leva muito trabalho para casa, mas também muito da gente para a escola”. Paixão por ensinar começou na adolescência Walkiria Oliveira, começou a lecionar aos 17 anos na escola onde estudava.
Hoje ela é vice-diretora da Escola Municipal Jaime Amorim Miranda.
Durante 13 anos, deu aulas na rede privada de ensino.
Juntando tudo, lá se vão 38 anos de atuação na educação, o que ela define como apaixonante e desafiador, principalmente para as mulheres.
“Nós carregamos uma carga muito grande, mas é necessário por sermos mais compreensivas, acolhedoras, com esse olhar materno.
Aqui nós abraçamos e instruímos nossos alunos, principalmente as meninas, a estudar para se tornarem independentes”. Assista aos vídeos mais recentes do g1 AL Veja mais notícias da região no g1 AL