Delegada alerta sobre a importância da denúncia e orienta mulheres sobre onde buscar ajuda e proteção.
Dia Mundial da Mulher é uma data simbólica para a luta das mulheres na sociedade Getty Images No Dia Internacional da Mulher, a luta contra a violência de gênero ganha ainda mais visibilidade.
Em um cenário onde os casos de agressão e feminicídio continuam alarmantes, cresce também a busca por proteção.
O g1 entrevistou a delegada Ana Luiza Nogueira, Coordenadora das Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher (DEAMs), que reforçou um alerta essencial: denunciar a violência é o primeiro passo para romper o ciclo do medo e garantir proteção.
Segundo ela, a maioria dos casos de agressão acontece dentro de casa, praticada por companheiros ou ex-companheiros, o que torna a denúncia ainda mais necessária.
"A vítima, muitas vezes, dorme com o agressor.
A polícia só pode agir quando toma conhecimento da situação, e isso só acontece se houver denúncia", disse a delegada.
Um levantamento feito pela Polícia Civil de Alagoas sobre crimes de violência doméstica registrados no estado em 2024, mostra que houve um aumento de 24% no número de medidas protetivas de urgência solicitadas em comparação a 2023. Somente em Maceió, a Polícia Civil identificou um aumento de 13% nos pedidos de medidas protetivas, com 3.509 pedidos registrados em 2024.
Para a delegada, os dados apontam para um aumento na conscientização das mulheres quanto à necessidade de recorrer aos órgãos de segurança sempre que se sentirem ameaçadas. “Esse crescimento reflete maior conscientização da sociedade sobre o combate à violência doméstica e maior confiança no trabalho das forças de segurança.
A violência doméstica é uma realidade que não podemos ignorar", destacou Ana Luiza.
Delegada Ana Luiza Nogueira reforça que mulheres devem denunciar agressores e buscar ajuda Ascom/ PC-AL Seguindo o crescimento da quantidade de pedidos de medidas protetivas, também houve aumento de prisões de agressores de mulheres.
Ao todo, 2.293 agressores foram detidos no estado em 2024, sendo 728 somente em Maceió, representando um aumento de 27% na capital. A importância da rede de apoio A garantia de direitos e a rede de apoio são fundamentais para que essas vítimas possam recomeçar suas vidas com segurança.
No Brasil, existem diversos mecanismos legais e institucionais que asseguram a proteção das mulheres em situação de vulnerabilidade, desde as Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher (DEAMs) até os serviços de acolhimento psicológico e jurídico.
Veja abaixo onde buscar ajuda em Alagoas: Casa da Mulher Alagoana A Casa da Mulher Alagoana (CMA) é um espaço humanizado que está em funcionamento desde 2021, com psicólogos e assistentes sociais disponíveis para atender mulheres de todo o estado.
Desde a sua criação, a Casa já atendeu mais de cinco mil mulheres.
Em 2024 foram realizados 1.511 atendimentos e 47 abrigamentos, que é quando a mulher fica no abrigo de forma provisória. O espaço conta com atendimento psicossocial, Delegacia Especializada para Boletim de Ocorrência e pedido de medida protetiva, Juizados Especializados, Defensoria Pública para prestação jurídica, brinquedoteca, prioridade nos programas sociais da prefeitura, como aluguel social e casa própria. Além disso, a Casa também serve como abrigo temporário para aquelas que estejam em situação de risco ou que não tenham para onde ir com seus filhos. 🚩Localização: Rua do Imperador, 119, Centro, Maceió. ☎️ Telefones: (82) 2126-9650/ (82) 99157-3023 Delegacia Especializada no Atendimento a Mulher (DEAM1) 🚩Localização: Complexo de Delegacias Especializadas (CODE) - Mangabeiras ☎️Telefone: (82) 3315-4976 Delegacia Especializada no Atendimento a Mulher (DEAM2) 🚩Localização: Rua Antônio Souza Braga, 270, Salvador Lyra, Maceió. ☎️Telefone: (82) 3315-4327 Juizado da Violência Doméstica e Familiar 🚩Localização: Rua do Imperador, 119, Centro, Maceió. ☎️Telefone: (82) 99381-1397 Assista aos vídeos mais recentes do g1 AL Veja mais notícias da região no g1 AL